O que pegou no carnaval!

Como eu disse no post anterior (e como todo mundo que me conhece sabe), eu não sou exatamente um grande fã de carnaval, especialmente por conta das músicas que fazem tanto sucesso nesta época. Lembrem-se do meu background, crianças, eu sou músico E redator, então não dá pra esperar que eu realmente goste de uma harmonia repetitiva e manjada, com uma melodia tão previsível quanto a crise imobiliária dos EUA (Uia!) e letras tão interessantes quanto "Chiclete, quero chiclete chiclete (copia e cola 4 vezes)". E só pra lembrar, minha casa é bem na rua onde o evento toma corpo, então durma-se com um barulho desses... Mas nem tudo é desgraça nessa vida.

Na minha cidade, o desfile de carnaval é bem tradicional e peculiar. Como por aqui não temos escola de samba, ou talvez como principal causa para que não tenhamos escolas de samba, nós temos dois movimentos super tradicionais e que movimentam a cidade toda:

- A Banda Louca
- O Bloco da Vaca

Vamos pela ordem. No Sábado e na Segunda feira, sai pra rua a Banda louca. Mas que loucura é essa, me pergunta você, e eu digo: é um concurso de blocos de foliões bancado pela prefeitura e com prêmios bem polpudos em dinheiro, que posteriormente é basicamente torrado em churrasco. Este ano rolou um total de 20 mil dinheiros em prêmios, divididos entre os blocos. Não sei quanto pra cada, mas me parece que foram oito blocos. Bom, as fantasias são tradicionalmente bem feitas (pelo menos dos blocos mais tradicionais) e é exigência que cada bloco tenha pelo menos dois carros alegóricos.

Foi muito legal ver um de meus heróis pessoais entrando na avenida em forma de carro abre-alas: O Super Mario.

O encanador é massa! Pena que eu não tirei uma foto sequer deste evento... Outros destaques foram uma maria-fumaça muito bem feita, as coreografias que o pessoal tava fazendo, uma turma do Popeye... Enfim, foi bem bonito no todo.

Aqui cabe uma ressalva, eu gostava mais há tipo uns 10 anos, quando era permitido a inscrição/desfile de fantasias individuais também. Os blocos são legais, mas faz falta ver a criatividade das pessoas que não participam dos mesmos. 

Já no Domingo e na Terça o relaxo é total. Sai o bloco da vaca, que este ano completou 80 anos de existência. Só pra lembrar, Artur Nogueira completa 62 anos em Abril, ou seja, o bloco é bem mais velho que a cidade. Resumo da ópera: os homens da cidade (eu não, é bem verdade) se fantasiam de mulher e saem pra rua, consumindo HECTOLITROS de cerveja per capita e sabe-se lá o que mais, tentando se esquivar dos golpes de uma vaca feita à moda dos bois de parintins, e ao som de uma percussão inconfundível que quem mora em nossa cidade conhece muito bem. Olha o videozinho:




Sim, é só isso mesmo. Simples, mas eficaz. O que me perturba a mente é que o pessoal da bateria da vaca ensaia durante MESES antes do carnaval. Mas divago novamente e aliás eu tenho feito isso demais por aqui.

Enfim, ver um bando de conhecido (incluindo meu sobrinho) vestido de meretriz e ver tanto bêbado junto fugindo das cabeçadas de uma vaca de papel machê, por alguma razão, é um pouco divertido. Sei lá, acho que é da natureza humana. Aliás, eu ia colocar outro vídeo da vaca acertando a galera, mas não consegui uma imagem decente. Se você procurar no YouTube por "vaca artur nogueira" vai ter um monte de vídeo. E se você tiver preguiça de digitar isso tudo, clica aqui que eu fiz o trabalho pra você, afinal eu sou legal.

Ah! E quer ver o naipe das meninas que saíram na famigerada vaca? Então tó:

3/4 de Regina, Moriele, Carina e 1/2 Paula, versão Bloco da Vaca

E os homens, você me pergunta? Como assim, homens? Tá me estranhando, mermão? Nem presto atenção nessas coisas não, pô! Tá bom, vai, tem uma foto do meu sobrinho com um amigo dele aqui, só pra aplacar a curiosidade:

Hairque e Hugo, meu sobrinho. Até onde eu sei eles são só amigos.

Bom, só pra não fugir do tema do blog, terça feira eu fui a uma lanchonete e pela primeira vez em muito tempo dei uma semi-engasgada. Penso eu que eu comi algum nervinho da carne um pouco maior que o meu bom-senso deveria deixar. Nada grave, eu fui ao banheiro, fiquei de prontidão esperando o pior, doeu um tiquinho, mas passou sem maiores danos ao resultado da cirurgia, à minha integridade física ou à minha saúde mental. Assim, depois de dois meses sem incidentes, eu lembrei que eu vou precisar prestar atenção o resto da vida, mas isso nem incomoda depois do terrível começo. E a vida segue seu rumo. Agora com menos barulho durante as noites.

P.S.: Terça feira é meu aniversário, e quem quiser me dar presente, isso aqui é legal. Menos o Rique, que já me deu isso.