O maior dos invernos!

Oi! Vou escrever sobre uma coisa que desde maio, mais ou menos, eu estou para escrever, mas não achei a oportunidade.

E é um daqueles posts com desvantagens da cirurgia. Mas é uma desvantagem relativamente simples, e que vem com uma vantagem idêntica embutida. Vamos lá:

Seja no escritório, na sala de aula, no carro, em qualquer lugar onde homens e mulheres convivam, uma das principais diferenças entre os sexos se faz notar, a briga pelo ar condicionado. Homens com calor, mulheres com frio. E não adianta tentar explicar que para elas, é só trazer uma blusa extra. É o homem que, em geral tem que passar calor. É notório que homens sentem mais calor do que mulheres, e para homens que andam acima do peso, essa diferença se acentua.

Sabe aquela história da camada adiposa que a gente estuda nas aulas de biologia, mesmo que seja só pra entrar na faculdade? Pois é, é verdade, a gordura retém MUITO calor, e só eu e as focas do ártico sabem o quanto.

Olha só esse gordinho. Tá no ártico e ainda precisa entrar na água para se refrescar. Parece eu um ano atrás.

Falando sério, eu sempre disse que preferia o frio ao calor por uma razão simples: do frio, dá pra se esconder. Sempre dá pra pôr mais uma camada de roupas. No calor, quando você está pelado embaixo do ventilador e suando que nem um porco, a única alternativa é entrar na geladeira, mas isso é muito pouco prático. E esse conceito eu mantenho, mas hoje em dia eu tenho uma ressalva séria, enfática e radical:

Eu sempre gostei do frio porque eu nunca passei frio na vida.

É sério! O frio que eu estou sentindo AGORA é uma sensação absolutamente inédita. Memso no mais rigoroso inverno, eu não sentia tanto frio antes quanto eu sinto hoje ao menor sinal de um ventinho atravessado.

As minhas mãos estão congelando, meus pés parecem blocos de gelo e nada que eu faça parece fazer algum efeito. O resto do corpo está agasalhado, mas mão e pé é um negócio cruel. A Paula, na hora de dormir, deve sofrer um pouco com meu pé gelado, né linda? E pra tocar baixo com a mão fria, os dedos não obedecem. Não é mole não, e quem for emagrecer o equivalente a uma pessoa normal deve se preparar psicológicamente para passar FRIO maiúsculo.

Mas nem tudo são espinhos. O oposto é verdadeiro. Sabe aquela sensação de estar constantemente num forno ligado? Então, eu ainda me lembro muito bem. Mas eu vou esquecê-la, porque eu já passei por meio verão na versão magra e eu já sei a diferença que faz. Eu sempre fui aquele cara que emana calor, literalmente. Nos dias quentes de faculdade, algumas pessoas evitavam sentar-se perto de mim porque ao meu redor o ambiente ficava mais quente. Sem exagero. Eu entrava no carro num dia mais frio e o vidro ficava embaçado imediatamente. Estas coisas se foram, e eu vou dizer, eu não sinto a menor falta de ser uma usina térmica ambulante.

Só preciso me acostumar a ter um freezer abaixo do calcanhar.

Até mais, e abraços!

E abraços especialíssimos pro Montanha, nos seus últimos dias de 140kg, e pra irmã dele (de quem eu vergonhosamente não me lembro o nome, e por isso peço desculpas), que deve estar agora mesmo com um copinho de 50ml cheio de caldinho peneirado. Fica tranqüila, viu? Isso passa rapidão.

E outro abraço mega especial pra Cris, que anda estressada com as sopas. Cris, relaxa, tá acabando! Daqui a pouco é vida normal, viu? E quanto ao seu pai comendo na sua frente, encare assim: você mudou de vida, mesmo que o resto do mundo não mude. Quanto mais cedo você aprender a conviver com as diferenças, mais cedo você vai se sentir normal de novo.