quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Meu novo peso!

Lembram que eu disse que queria chegar ao natal com menos de 110kg? Pois bem, antes de ir à ceia, eu parei na farmácia e pesei. Estava com 110,1kg. Bem pertinho, mas ainda não tinha dado. Não me frustrei muito, afinal desta conta eu ainda precisaria tirar o peso da roupa e do tênis, então, tecnicamente, eu estava com menos de 110kg. Ou pelo menos eu era esperto o suficiente para inventar uma desculpa boa o suficiente para não passar o natal deprimido

Não, eu não queria isso.

E assim foi. Como eu senti que eu abusei na ceia, no dia seguinte e em todo o final de semana que seguiu o dia 25, comendo bem mais do que o meu atual normal por refeição, pensei que tal desleixo de minha parte teria conseqüências sérias na balança, e assim, desde ontem eu retomei o ritmo de refeições minimalistas. Pelo menos no ano novo eu queria chegar com menos de 110kg. Mas, por precaução, achei bom me manter longe das balanças por um tempinho, até recobrar no mínimo o peso que eu tinha ANTES da orgia gastronômica que foi este final de semana.

O que eu não tinha em mente é que uma orgia gastronômica, pra mim, é o equivalente a um quarto do meu prato normal de antigamente. Assim, por mais que eu tenha relaxado um pouco neste pós-natal, hoje, que eu não resisti e fui pesar, eu tinha chegado aos 109,0kg. Sim, foi na mesma balança, e com roupas similares. E eu tinha acabado de jantar.

Isso não significa que eu vá descambar e comer tudo o que eu agüentar, já que o emagrecimento tá aí de qualquer maneira. Afinal, eu tenho metas, objetivos e vergonha na cara. Enfim, agora estou retomando a vida normal, embora a ceia de reveillón prometa um ou outro descontrole, e pretendo retomar minhas atividades físicas no final de Janeiro, quando eu completo os 3 meses de cirurgia (dia 19). Academia, aqui vou eu.

Com isso tudo, estou agora me colocando uma meta, um pouco agressiva, eu penso, mas é assim que se chega lá: Pretendo passar meu aniversário (23 de Fevereiro) com menos de 100kg. Se eu conseguir, (na verdade, QUANDO eu conseguir) será a primeira vez desde o começo da década de 90 que meu peso será quantificado em dois dígitos. E se isso rolar ainda antes do meu aniversário, será uma vitória.

Repassando: Eu tenho pouco menos de 2 meses para perder 10kg (no mínimo 9,1kg). Isso dá quase 180g por dia, por isso eu acho puxado. Eu não vou me frustrar se não conseguir, mas com a academia e os cuidados com quantidade/qualidade que eu pretendo tomar, não é impossível. Vamo correr atrás e torcer por mim aí, gentes!

Ah! só pra rolar uma antecedência, eu estarei na praia do dia 11 ao dia 19, então não rola post nestes dias. A não ser que no condomínio já tenham instalado wi-fi. Lets hope!

Se bem que olhando esse parágrafo anterior, até parece que eu atualizo o blog todo dia, né? Falta de vergonha na cara dizer isso... hehehe

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Feliz Natal!

É oficial! O natal chegou e com ele as minhas duas semanas sem engasgar (que sejam as duas primeiras de muitas!). E notem que eu esperei a ceia passar pra dizer isso com propriedade.

Bom, mas vamos ao que interessa, que afinal essa data é única, e este sentimento merece ser compartilhado com os amigos:




Feliz natal magro a todos!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Aparentemente, eu aprendi...

Eu posso estar me precipitando, mas na véspera de natal, ou seja, quinta-feira agora, vai fazer duas semanas da última vez que eu me engasguei com comida. A lição foi dura, mas eficiente. Desde então, eu adotei duas estratégias que têm garantido minha sobrevivência desentalada. São elas:

1 - Ao iniciar uma refeição grande, tipo o almoço, por exemplo, eu começo pelo que tem de mais mole no prato. Porque eu pensei nisso? Porque assim a fome fica menor e a paciência fica maior quando eu chegar na carne, por exemplo. Simples e eficaz. Dra. Cintia, se você estiver lendo isso, recomende essa estratégia aos seus próximos pacientes. É simples, fácil, eficiente e gratificante.

2 - Essa é um pouquinho mais chata de explicar. Mas na prática é bem simples de fazer. Consiste em mastigar até tudo o que você vai engolir virar uma pasta homogênea, quase um suco. Falando assim, parece nojento, mas a verdade é que assim a gente sente muito mais o gosto das pequenas porções. Agora a parte complicada de explicar: ponha  toda a pasta sobre a sua língua (lembre-se, porções pequenas!) e aperte isso tudo contra o céu da boca. Os flúidos vão vazar pelo lado. Isso tudo que vazou, é seu, engula sem medo, mas sem pressa. Aproveite a pequena pressão no alimento e a alta sensibilidade da sua língua para ver se, de fato, a pasta está homogênea e realmente não ficou nenhum pedaço canalha que vai te dar uma tarde inteira de trabalho. Se tiver, repita do começo prestando mais atenção. Se não tiver, engula e dê outra garfada! É bem mais simples e menos nojento quando você está fazendo do que quando você está explicando. E usando esta estratégia, eu, distraído que sou, passei por várias refeições deliciosas e potencialmente indigestas sem nenhuma crise, incluindo um churrasco de carneiro. Totally pays off!

Agora outras boas notícias:

- Continuo sem nenhum sintoma de dumping. Já comi algumas coisinhas um pouco mais arriscadas, incluindo um pedacinho (pequeno de verdade, juro) de trufa, queijo Brie, coca-cola (por indicação médica, né?), e tô bem. Bem demais!

- Me propus uma meta pessoal (que eu embaraçosamente não contei pra vocês) de chegar ao natal abaixo dos 110kg. Acho que vai dar. Hoje eu peso 110,2kg e tenho ainda 3 dias antes da véspera. Vai ser próximo, pra mais ou menos, mas eu vou tentar que seja para menos.

É isso. Depois eu volto e conto mais.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Opa! Um comentário fora da família!

Tá, eu sei que o Dr. Gustavo já tinha comentado, mas aí não vale, né, eu que passei o endereço do blog pessoalmente pra ele, entonces... Mas No post (gigantesco) de ontem a Gisele comentou.

Em primeiro lugar, muito prazer, Gisele. Seja bem vinda a este ambiente virtual sugar-free! Em segundo lugar, mesmo olhando em retrospecto pro sofrimento que foi quinta feira passada, não desanime de fazer a cirurgia não, porque, se você for ver, os ganhos em qualidade de vida são muito maiores que os sofrimentos. Vamos exemplificar pra fazer bonito:

Contra (pra começar):
 - 1 mês de alimentação extremamente repetitiva. É chato, mas passa rápido.
 - Às vezes você engasga/entala. Mas se você se cuidar, não acontece.
 - Não dá pra comer o mesmo tanto que você comia. A diferença é que você não vai mais querer comer mais do que o necessário em pouquíssimo tempo. Mais uma vez, fácil.
 - Não dá pra comer de tudo (açúcares, gorduras, etc. ficam restritos PARA SEMPRE). A verdade é que isso é meio mala de conviver, mas dá pra passar sem fácil fácil!

Agora o mais importante, os pontos a favor:
 - Você vai ficar mais bonito(a). Pode ter certeza. E já na primeira semana isso se nota.
 - Você vai ficar mais confiante e seguro(a) de si. Não precisa ficar arrogante, a propósito.
 - Seu ânimo e sua energia vão aumentar drasticamente. Embora às vezes dê um soninho extra. Sei lá...
 - Coisas que não funcionavam muito bem no seu corpo (como o pulmão, no meu caso) melhoram muito. E isso faz TODA a diferença.
 - A perspectiva de vida melhora muito. Eu nunca quis morrer, mas agora eu SEI que eu devo viver por mais tempo do que eu viveria tão gordo quanto eu era.
 - Cadeiras não dão a sensação de que vão quebrar a qualquer minuto. Acredite, só isso valeria o pequeno sacrifício. Quem já caiu de bunda na lanchonete/sorveteria/padaria sabe.
 - Ônibus ficam muito mais confortáveis, e imagino que os aviões também.
 - Seu carro vai parecer mais espaçoso. É ótimo ver seu Clio parecer uma BMW. hehehe
 - Eu já acho tudo isso de vantagem e estou apenas com 55 dias de cirurgia. Tenho uma vida toda pela frente, e imagino que mais vantagens vão aparecendo, especialmente se levar em conta que eu ainda nem cheguei na metade do que eu quero perder.
 - Quando eu não tenho ataques de burrice/estupidez/distração e engulo sem mastigar direito, a vida É NORMAL. É SÉRIO. Eu vou aos bares com amigos, vou a restaurantes com a mulé, vou a tudo que é canto e sou feliz da vida.

Enfim, não fuja da felicidade por causa de um sofrimentozinho à tôa...

Abraços

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Eu não aprendo muito fácil não...

Queria não estar dizendo isso pra vocês. A vida pós cirurgia continua bem fácil, e essa facilidade às vezes prega umas peças em quem é meio bocó, que nem eu.




Mas antes de falar sobre isso, deixa eu pedir uma coisa: Se você é minha mãe, minha irmã ou qualquer outra pessoa que me tem em alta estima, quase como se fosse um filho, faça a nós dois um favor e não leia os próximos parágrafos. A vida vai ser mais fácil assim, e eu estou muito bem, obrigado. Não passe nervoso à tôa. A Paula pode porque ela já sabe mesmo...

Pois é, enfim, o acontecido aconteceu na quinta feira última e foi uma das coisas mais desagradáveis de toda a minha vida. Sem mais delongas, vamos aos fatos:

Por alguma razão que eu não me lembro, eu acabei demorando bastante para almoçar neste dia em particular, e dado meu bom retrospecto nos últimos dias (desde a castanha de dois posts atrás), eu acabei, distraidamente e apressadamente, engolindo um pedaço maior do que devia. Sim, de novo, e para de me olhar com essa cara de reprovação. Eu não me orgulho disso.




Eu sei que esta não foi a primeira vez, mas porque então esta vez foi tão ruim? Porque era dum tamanho/formato tal que se ajustou com tanta precisão ao meu anel estomacal que não ia nem pra cima nem pra baixo por mais que eu tentasse. Sabe o que isso significa? Não? Acredite em mim, eu sei. E dessa vez eu não vou esquecer tão fácil não. Vamos lá:

Meu almoço foi às 13:30 e a entalação foi, portanto, por volta das 14:00. Isso aconteceu num restaurante, e o banheiro local foi alvo de minha primeira tentativa de alívio. Sim, para falar claramente, eu vomitei num banheiro público, o que é uma sensação inédita (e horrível) pra quem nunca tomou um porre digno de Homero, que aliás eu nem sei direito quem é ou porque bebia tanto.

(Segundo a Wikipedia, Homero foi o primeiro poeta grego, mas não fala nada sobre porres homéricos)

Senti um alívio, mas não a resolução do problema. Tanto que antes de deixar o local, precisei voltar ao mesmo banheiro para retomar a triste labuta. Acabei voltando rapidinho pra casa junto com a Carina e o Cezar, enquanto a Paula passava na ótica ajustar seus novos e lindos óculos escuros. A propósito, a cirurgia dela foi super bem, obrigado. Quando entrei pelo portão, corri para o banheiro sem dizer uma palavra. Quase não cheguei lá. Atenção para o detalhe, o restaurante onde eu estava fica a menos de 50 metros de casa. Porcaria!

Liguei no trabalho e avisei que estava impossibilitado de cumprir meus compromissos da tarde. Fiquei em casa assistindo The Wonders, um belo filme, mas que nunca me pareceu tão ruim. A cada 10 minutos eu levantava, ia ao banheiro e punha os bofes pra fora. Eca! E começou a doer.

Lição importante para vocês, crianças: tenham a certeza absoluta de que vocês têm o número do celular do seu médico. Ele pode fazer falta. Eu achava que eu tinha o tal do número, mas nunca conferi, e dessa vez que eu precisei, não tinha. Droga!

Liguei na clínica e a secretária me falou que se a situação não se resolvesse em algumas horas, seria necessário ir ao pronto-socorro para, possivelmente, fazer uma endoscopia para remover o bagulho. Aí foi o começo do calvário. Entrei em pânico aos poucos, já me vi sedado, sendo invadido bucalmente por câmeras e pinças e, aos poucos, conforme a dor se instalava, comecei a simpatizar com essa perspectiva.

Algumas horas depois, achei que era hora de buscar auxílio. No meu desespero, tomei uma das piores decisões da minha vida: fui ao pronto socorro mais próximo, um hospital que eu não vou citar o nome, mas que se você mora em Artur Nogueira, vai saber do que eu estou falando. E se não for daqui, não corre o risco de ir pra lá, então considere-se com sorte. Se bem que, desta vez, uma parte da culpa foi minha, e aqui caberia um pedido de desculpas, não fosse o histórico interesse em tratamentos ineficazes que os profissionais deste hospital demonstram. Afinal, pra eles, tudo se resolve com soro na veia e uma assinatura numa guia da Unimed, mas divago... O pior é saber que eu sabia disso e não decidi ir a outro lugar.

Ao chegar ao local, eu fui logo perguntando se eles tinham equipamento de endoscopia, afinal seria a solução que a minha clínica tinha indicado caso a situação se prolongasse. A médica que me atendeu argumentou que o tratamento correto seria aplicação de remédios via soro (que surpresa!) e insistiu que a minha instrução estava errada. Relutantemente eu aceitei, embora no coração eu não tenha aceitado, afinal eu estava nervoso e descontente com a alternativa oferecida, mas vambora. Fui porcamente examinado, tiraram apenas minha pressão e temperatura, a despeito de eu não ter sintomas de febre ou pressão alta ou baixa. Beleza, nada de errado, mas o problema era no estômago, lembra? Eu não só lembrava como não pensava em outra coisa. E tinha a nítida impressão de que nada daquilo iria resolver. Talvez um Plasil aliviasse os sintomas, mas não ia fazer a bagaça descer, droga! Mesmo não facilitando, aceitei.

Chega a enfermeira. Muito simpática, é verdade. Mas pela primeira vez na vida alguém conseguiu errar uma veia minha! E muitas vezes ela tentou puncionar a mesma veia na parte de cima da mão direita e não conseguiu. Droga de novo! Mudamos de braço e de lugar. Agora o alvo era uma veia no cotovelo esquerdo. E ela errou de novo! E tentou muitas vezes de novo! Damnit! Isso dói, pô!

Sem ver sucesso, me pareceu que Nosso Senhor estava querendo me dizer alguma coisa. E meu estômago também estava querendo me dizer outra coisa bem diferente. Fui correndo ao banheiro e vomitei de novo. Mas agora fiquei em real e inegável pânico. Saiu sangue junto. Tudo bem que foi algo em torno de meia gota de sangue, mas pô, eu estou com um corte recém feito por dentro, e eu não quero que ele abra! Foi a esta altura que a Paula, que estava comigo desde o começo, teve a melhor idéia da noite: Ouvindo a médica dizer que para fazer a endoscopia eu teria que recorrer ao hospital onde meu médico atendesse, ela decidiu ligar na Beneficiência Portuguesa, e foi à portaria do hospital para procurar o número de telefone!

Da minha perspectiva, era a salvação! Mas o hospital em questão não ia deixar alguém se recusar a tomar soro na veia e deixar barato, e eu devia ter previsto isso! Em menos de 5 minutos, a Paula voltou apressada da portaria, me dizendo que a gente ia embora. Senti alívio pela frase e preocupação pela voz/cara dela. "Porque?, conseguiu falar lá?, o que eles disseram?" perguntei eu, e ela só disse que no carro ela responderia. No caminho da rua, a médica até falou en passant  "melhoras, hein?", e eu senti uma ponta de simpatia pela criatura. Mal sabia que eu tinha acabado de ser convidado a me retirar do hospital pela médica. Tudo bem, eu realmente não estava colaborando, mas vamos combinar que todo o atendimento até ali não estava colaborando também! E vamos deixar claro também que estamos falando da mesma equipe médica que só enfaixou o braço machucado da mãe de um amigo meu sem sequer tirar radiografia, e depois ela (ela a mãe, não a médica) descobriu que o braço estava quebrado e precisou de atendimento de emergência e cirurgia também de emergência em Campinas. Quer respeito, seja competente ou, no mínimo, responsável.

Bom, seguindo a idéia da Paula, que a essa altura estava possessa comigo e com o hospital, justificadamente, afinal foi ela que passou pelo embaraço pelo meu 'mau comportamento', liguei para Benê (Beneficiência portuguesa, para os íntimos) e pedi o celular do Dr. Gustavo. A moça, de quem eu não lembro o nome, pegou meu telefone, entrou em contato com o dotô e em menos de 5 minutos ele estava me ligando. Ah, se a gente tivesse tido essa idéia antes...

O doutor me tranqüilizou, disse que o sangue era normal para quem vomitou desse tanto, e que se eu fosse pra Campinas agora pouco eu teria para fazer. Disse ainda que se a solução que ele me passaria por telefone não resolvesse, no dia seguinte ele me encaixaria numa endoscopia no primeiro horário, mas que era 90% de certeza que eu não teria que fazer nada disso. E me passou uma solução caseira que de tão simples parecia xamanismo. E só lembrando que a essa altura eram quase 9 da noite, ou seja 7 horas de sofrimento depois. E a perspectiva de uma noite similar àquela tarde me dava calafrios...


Ele me mandou tomar coca-cola em golinhos minúsculos até liberar o fluxo. Foi o que eu fiz, e em menos de 10 minutos parecia que alguém tinha dado descarga no meu estômago, eu senti tudo fluir de novo! Aliás, pensando bem, essa metáfora é bem legal, porque diz a lenda que Coca desentope privada mesmo, né?




[modo Garfield = ON]

E mais uma vez minha vida foi salva pelo milagre da Coca Cola.

[modo Garfield = OFF]


Agora, falando sério, se você, pós operado safado (ou tonto e distraído como eu) resolver abusar já que a solução é simples, lembre-se que a coca cola é cheia de açúcar, e portanto engorda. E se você quisesse engordar de novo, pra que você teria feito a cirurgia, afinal de contas? E além disso, ela é cheia de um ácido que eu não lembro o nome, que rouba cálcio do seu organismo, e você já tem dificuldade de absorver cálcio, lembra? E além disso, ela tem gás, o que em tese ajuda a dilatar o seu estômago e perder todo o esforço que você fez até agora. E além disso tudo, ela pode causar dumping, e você não quer isso pra sua vida. Acho que já dei motivos suficientes pra você não querer abusar desta solução. E também, já falei demais, né?

A propósito, mãe, eu não tinha falado pra você não ler isso?

Beijos

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Redenção da castanha! / Boa sorte, lindinha!

Ontem eu postei que eu ia passar um tempo só comendo alimentos mais macios, mas à noite eu fui à casa da minha mãe e decidi que se eu não encarasse os meus medos de frente eu seria pouco mais do que um saco de batatas, que, a propósito, tá ficando com menos batatas dentro.

Sim, senhoras e senhores, eu comi uma castanha. E mastiguei feito gente grande! E foi uma beleza... Tô feliz, mas NÃO VOU RELAXAR, promessa de guitarrista!

Outra coisa: hoje à tarde, a Ana Paula vai fazer cirurgia de correção para deixar de usar óculos! Boa sorte pra você, minina! Eu vou estar lá do seu lado, mas vou registrar publicamente aqui o meu desejo de que tudo (eu disse TUDO!) corra bem. Bejim!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Os pequenos percalços

Fala aí, gente boa!

Seguinte, eu tenho aprendido uma coisa a poucas mas duras penas. Quem quer ser feliz com essa cirurgia (EU QUERO!) PRECISA aprender a mastigar com calma e atenção. EU sei que eu já disse isso no post anterior, mas é que ontem eu acabei engasgando com um pedaço de castanha. Droga, isso dói! Agora eu penso que vou passar um tempinho comendo só alimentos mais macios, até pegar o jeito de verdade.

Eu não quero ter que passar por isso de novo. Eu não pretendo passar por isso de novo. Ontem, minha pressa em engolir estragou um final de tarde que tinha tudo pra ser ótimo. E, além da dor que eu passei, esse tempo não volta mais, entonces é um péssimo negócio.

Agora vamos à situação atual: Segundo a última pesagem oficial, eu estava sexta feira última com 115,5kg, ou seja, tinha perdido 22kg. Penso eu que hoje eu já esteja com 115kg redondos, uma desaceleração considerável, mas fácil de entender, afinal eu passei o final de semana num hotel e comi um pouco mais do que como normalmente, e lá correu tudo bem. E além disso eu já retomei o ritmo, e voltei oficialmente a fazer caminhadas, o que deve trazer a perda de peso a um nível próximo do esperado. Se tudo correr bem, eu quero passar o reveillón com menos de 110kg. Acho até bem fácil disso acontecer.

Agora, pondo em termos mais práticos, especialmente pra você, mulher, que acompanha fielmente este blog que agora vos fala, e provavelmente entende mais de moda do que eu ou 99% dos homens do mundo, sexta feira eu fui comprar duas calças. Pois bem, um mês atrás eu usava calças número 62. uma semana atrás eu descobri que eu estou usando calças número 52!!!! E já sinto elas mais folgadas hoje do que no dia em que eu as comprei...

Arrivederrrrrrci!

Oscar Gorlomi Calstrom Deccocco

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sim, eu sou um desleixado com este blog...

Damnit! Mais de uma semana sem posts! Tô até com vergonha de falar com vocês...

Mas entendam, eu voltei ao trabalho, e essa época do ano é a mais puxada. Tanto que eu tenho um monte de coisas pra fazer e vou ter que ser sucinto neste post, ok?



Vamos às novidades:

Depois do primeiro prato de comida de verdade, eu já passei por muitos prazeres imensos, a saber:

- Comer carne grelhada é um pouco difícil devido à dureza, mas extremamente compensador.

- Eu ainda não estou liberado para comer peixe, mas eu provei um cantinho de um sushi da Paula. Quase caí de costas de emoção. É fácil de mastigar, fácil de engolir, é só evitar a alga (ou mastigar MUITO). E desculpa aí, Dra. Cintia (minha nutricionista), eu tenho me comportado quase direitinho, mas essa não deu pra escapar.

- Ir a um barzinho com os amigos e poder comer uma coisinha é tão natural quanto sempre foi, mesmo que eu coma menos. Nada de sofrimento aqui.

- Ontem eu comi queijos Gruyere e Gorgonzola. Ô, Deus, que coisa boa!

- Agora eu vou pedir desculpa pra Doutora Cintia de novo, antes mesmo de falar. Ontem eu descobri por acidente que é improvável que eu tenha Dumping com açúcar. Porque, você me pergunta? Porque eu estava jogando baralho quando distraidamente peguei o pote de sorvete da Paula e tasquei-lhe uma colherada goela abaixo. Só pensei no que eu tinha feito depois de engolir. Fiquei com medo de passar mal, mas até agora, mais de 12 horas depois não deu nada, então se eu tiver dumping vai ser o caso de dumping mais tardio de que a medicina tem notícia. Doutora, eu prometo que, apesar disso, eu não vou abusar no açucar, tá? Ah! Não sabe o que é dumping? Olha aqui.

Enfim, resumindo, a vida continua bela. Mais algumas considerações importantes:

- Eu perdi mais de 20kg, já. Vou pesar oficialmente hoje à tarde, mas eu penso estar com uns 115 a 116kg. Lembrando que meu objetivo é chegar aos 85-90kg, eu estou próximo do meio do caminho.

- Tomar água é ponto chave. Se eu deixo de beber água, por esquecimento ou algum outro motivo, a garganta fica seca, a cabeça fica lerda e o corpo fica desanimado. Tomem água, crianças.

Depois das coisas boas e das considerações neutras, vamos ao lado escuro da força (tan, tan taaaaaan!!!!), as minhas primeiras desventuras:

- Para o funcionamento adequado do meu intestino, que tinha parado, eu comecei a tomar um complemento de fibras desde quarta feira da semana passada. Eis então que sexta feira última eu tive uma crise de diarréia tão forte, mas TÃO FORTE que se eu estivesse a mais de 10 metros do banheiro eu nem posso imaginar o que teria acontecido. E isso porque eu estava em São Paulo, na 25 de Março. Precisei parar no primeiro estabelecimento comercial e implorar para usar o banheiro. E juro que eu passei um rodinho com desinfetante no banheiro do cara, pra melhorar a situação. É sério. Depois dessa, está tudo sob controle, mas isso foi assustador. Alguém devia ter me dito que isso podia acontecer.

- Na mesma sexta feira, só que à noite, eu fui com a minha família num restaurante e comi um pedacinho de cada prato que todo mundo pediu. Tava tudo beleza, até que eu, distraidamente, engoli um pedaço de frango mal mastigado. Foi bom pra aprender. Gente, a bagaça enroscou. E isso DÓI! E dói com letra maiúscula, mesmo. E fica doendo em ciclos que lembram cólica, manja? Não me orgulho disso, mas precisei pôr pra fora, e isso é extremamente desagradável. Lição aprendida: Não se distraia durante a refeição, ela pode se voltar contra você.

- Anteontem eu comecei a tomar o complemento alimentar (Centrum com Zinco) e nem tudo deu certo. Olhando em retrospecto, eu vejo que foi uma tremenda burrice de minha parte, mas na hora me pareceu lógico, então eu fiz. É o seguinte, a bula da bagaça diz que é pra ser tomado preferencialmente junto de uma refeição. E eu, esquecido de que meu estômago é do tamanho da cabeça de um filhote de chihuaua, sem contar as orelhas, segui esta orientação. Resultado, o comprimido, que é enorme, entalou e não saía de jeito nenhum. A mesma dor e a mesma solução da noite de sexta feira, só que desta vez eu fiquei brigando com a entalada por algumas horas. Caso você não tenha entendido da primeira vez, isso DÓI MUITO! Droga! Eu queria ter passado por esta fase de adaptação sem vomitar nenhuma vez, mas não deu.  Ontem e hoje eu tomei o comprimido junto com uma refeição líquida (Iogurte no café da manhã, por exemplo) e foi que foi uma beleza, ou seja, situação resolvida.

Bom, hoje eu vou ao gastro fazer meu retorno e vou contar tudo isso pra ele.  Depois eu conto o que ele me disse.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sumi, mas não morri! (tanto que voltei...)

Pois é! Depois de um longo e duro inverno, hoje eu resolvi escrever de novo. Vamos às novas:

Final de semana passado eu fui ao glorioso estado de Minas Gerais, no nosso pesqueiro em Areado. Comida de ótima qualidade, com tempero mineiro e eu comendo papinha e, no máximo um queijo branco para passar a lombriga. Ainda bem que eu pude andar de barco até cansar. Sério, chegou na noite do sábado eu tava grogue de cansaço.

E por falar em Areado, finalmente depois de tantos convites alguém resolveu aparecer por lá. O Rique e a Ana curtiram muito, como prova a foto a seguir:




Aliás, aquele braço e aquela testa ali atrás são meus. Eu estou pilotando o barco, que é uma sensação quase tão agradável quanto andar de moto. E ainda por cima sem capacete!

Bom, andei pra caramba, tomei muito sol, me diverti muito, e nada de sofrer com a falta de comida. O único detalhe meio chato é que a cicatriz começou a sangrar um pouco, eu penso que devido ao sol e ao agito.

Bem, depois de tudo isso, segunda feira última eu fui ver a minha nutricionista e percebi que tudo estava bem, menos a cicatrização, que me proíbe de comer peixe e porco até parar de sangrar/sair secreção. Droga de sol, o sushi vai ter que esperar um pouco mais.

A propósito, segundo a última pesagem oficial, eu já perdi 19kg, o que é 12% da minha antiga massa corporal, e está acima da média das pessoas que fazem este procedimento, que é de aproximadamente 10% no primeiro mês. Legal né?

Outra coisa BEM legal é que segunda eu percebi que o dia de finalmente pôr comida de verdade na boca estava chegando. Ontem foi o último dia em que eu comi a famigerada papinha batida no liquidificador, e HOJE eu já almocei o seguinte prato:




Calma, este é um pratinho de sobremesa, os talheres também são de sobremesa. Mas é bem melhor que três copinhos de café cheios de uma pasta marrom esverdeada...

Impressões sobre minha primeira refeição:
- Comer é gostoso, mesmo que seja pouquinho. Saí da mesa plenamente satisfeito.
- Ainda bem que minha nutricionista falou que carne é essencial. Ô coisa boa dos infernos!
- Eu sempre achei que o arroz era uma desculpa pra comer feijão. Ainda acho. O purê de batata é MUITO melhor e oferece basicamente os mesmos componentes nutricionais.
- Beterraba é muito gostoso. Deve ser a mudança de paladar que os dotôs me falavam...
- É muito bom se sentir gente, se sentar à mesa com todo mundo e comer a mesma comida dos outros (só que menos)
- Eu devo um bocadão à Paula (beijo, linda!), que tava fazendo duas comidas por dia, uma pra mim e outra pra ela e quem mais estivesse em casa (abraço, Xéçar!)

Agora eu sou gente de novo. Espera só até o próximo churrasco. Vou comer quase 100g de picanha! UHU!!!!!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

23:30h para meu primeiro polenghinho

Hoje é o último dia de dieta realmente líquida, e todo mundo que eu falo me diz que essa é a parte mais difícil de todas, e que daqui pra frente é só alegria. E eu digo de boca cheia (de líquido): Bring it on!

Amanhã eu já poderei comer queijo branco, polenghinho light e o caldo vai aumentar de consistência grandemente. É óbvio que ainda falta muito pra minha alimentação ser plenamente satisfatória, mas a vida é  bela e se eu soubesse que ia ser fácil assim, teria feito a cirurgia antes e a essa altura eu já estaria jogando basquete novamente, quiçá na NBA.

Eu me sinto meio repetitivo falando sempre que tá tudo bem, tá tudo fácil, e eu imagino que por esta razão ninguém mais agüenta (com trema, porque eu ainda tenho 9 anos para usá-la) ler meu blog.  Mas o fato é que eu estou embasbacado com a facilidade, então engole aí que quando acontecer algo diferente eu conto.

Por falar em alguma coisa diferente, vou finalizar com um último pensamento:


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Ó a foto aí, gente

Conforme prometido, segue uma fotinha de comparação entre o eu gordo e o eu intermediário. Olha ela aí:



Dá uma aflição do inferno, né? pois é...se você olhar na maçã do rosto, vc vai ver que a diferença é grande. Eu tentei fazer a mesma expressão na foto nova que eu tinha feito na antiga e reparei uma outra coisa: minha bochecha não fecha mais os meus olhos! nem se eu tentar! Isso é um pequeno inconveniente, porque me fazia parecer muito mais simpático, mas beleza... E sim, eu fiz a barba.

A propósito, já cheguei nos 15kg, é quase 1/3 do caminho! E olha que eu nem comecei a fazer exercícios ainda...

Até mais!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Como eu estou me adaptando à dieta líquida?

Boa pergunta, e antes de escrever mais, vou dar o resumo executivo: Bem.




Como eu já disse outras vezes por aqui, não vou dizer que não estou sofrendo nada. Ontem, por exemplo, eu fui buscar um kibe pra Paula no bar (eu que quis sair de casa, antes que apontem o dedo pra ela) e fiquei com vontade de tacar o dente na bagaça. Mas, por mais que dê vontade, é fácil superar, e eu fiquei de boa (na lagoa) sem grandes crises.

O curioso é que eu achei que essa vontade ia aumentar conforme as semanas se passassem, mas eu já estou no fim da segunda semana e a tal da vontade tá igualzinha, a danada...

Outra novidade é o tanto de água que eu tô bebendo. Cara, eu sempre tomei MUITA água, mas agora, se a tal da garrafinha não estiver por perto eu fico com a boca cheia de cola Tenaz(tm) em menos de 10 minutos. Sabe o que eu tô me sentindo?




Opa! errei! é assim, ó:



Bizarrão, né? eu imaginei que eu ia acabar bebendo menos água do que de costume pela óbvia limitação estomacal, mas a água passa que eu nem sinto. E isso é bom, porque tá fazendo um calor dos infernos, o que só reforça a metáfora do Camelo...

E não percam, ainda essa semana, um comparativo fotográfico de como eu estava e como eu estou hoje! Por falar em estar hoje, eu acabei de me pesar na farmácia, e estou com 123,4kg. Parece piada, mas é verdade!

Ósculos e amplexos.

P.S.: Marcelo Camello é muito legal. Quisera estar compondo bem como ele...

sábado, 31 de outubro de 2009

Mais novidades

Hoje eu fui pra Pedreira com a minha irmã, a Paula e o feliz casal Rique-Ana. Foi muito bom poder sair de casa, ver gente, ver coisas diferentes. Andei pra caramba também, o que foi surpreendentemente fácil. A única coisa é que eu cheguei em casa absolutamente sem energia. Encostei na rede e dormi por uma hora. Eu não sou disso, e a gora minha noite vai ser BEM longa...

Voltando a Pedreira, o sol estava MEGA quente, então eu tomei água pra caramba. É bem tranqüilo, mesmo depois da cirurgia, e nas duas ou três horas que a gente ficou por lá eu tomei quase um litro e meio de água, e suei quase isso também. Depois a gente parou para descansar num café muito simpático, chamado Café da Santa, e eu tive uma pequena crise de abstinência, tinha muita coisa boa lá e eu não podia comer nada. Droga! Mas eu sei que vai passar rápido então foi só uma pontadinha, nada que não dê pra contornar.

De qualquer maneira, foi bom esticar as canelas, dar uma boa andada, teve até uma subida que eu fui com muito mais facilidade do que eu tive nos últimos 10 anos. Cara, nem eu sabia o quanto o peso extra era pesado!

So far, so good! Manda ver as próximas semanas!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

É oficial, já perdi mais de 10 kg

Pois é. Os primeiros efeitos positivos da cirurgia já se fazem notar. Eu olho no espelho e vejo o seguinte: a dobra da barriga já diminuiu consideravelmente, o peito secou drasticamente, a gordura da virilha já deu uma recuada e a papada está menor. Nada disso sumiu, mas eu ainda tenho só 11 dias de operado, então o caminho está aberto.

Falando em números, na quarta feira eu fui ao médico fazer a pesagem oficial (que nem fórmula 1) e deu o seguinte: 126,8 kg. Sabendo que eu operei com 136,7 kg e que no último dia e meio eu devo ter perdido mais de 100 gramas, posso dizer com orgulho que estou mais de 10 kg mais próximo de ser um símbolo sexual. Hehehehe.

Ainda não vou postar foto de como eu estou, porque o choque vai ser maior semana que vem, então aguardem. Se bobear eu posto até umas poses sensuais. Just kiddin!

O corte também está fechando bem, quase não está saindo mais sangue e a cicatrização vai de vento em popa. Podia ser melhor, mas como eu não sou assim um exemplo de boa cicatrização, tá bala.

Outra coisa que eu quero falar é que fazer exercícios deve ficar muito mais prazeroso na hora em que eu os puder fazer. Digo isso porque o simples fato de andar sem carregar 10 kg de gordura é extremamente gratificante. Parece que o esforço diminuiu exponencialmente eu eu penso que eu já poderia andar mais longe hoje do que antes da cirurgia, sem me cansar.

Legal, né? Eu tô achando...

Abraços e depois eu volto.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Um pouco de história

Olá, pessoas!

Eu estive um pouco longe do blog nos últimos dias, mas não abandonei não. É que o tédio sempre concorre com a inspiração pelo uso da minha mente, e ultimamente ele tem ganhado. Ficar em casa é legal quando é por opção, mas o fato de eu já poder andar sem muitas restrições e sem nenhuma dor ajuda. Nos últimos dias eu andei um pouco pela rua, fui à casa da minha irmã, da minha mãe e do André (essa última de carro, porque é longe) e isso faz o tempo passar mais rápido.

Well, eu sempre tenho escrito aqui como se todo mundo que fosse ler me conhecesse, mas eu imagino que nem todo mundo teve este prazer, então para quem não sabe como é a minha cara, esse sou eu:




Pois é, eu sou um cara simpaticão, catito e pimpão, e até tenho uma esposa muy bonita, essa aqui, ó:






Sim, essa é a Ana Paula. Nessa foto ela parece modelo da Marcia Melo, né? Mas ela sorri a maior parte do tempo, e o sorriso dela é lindo. Então... Ah! A propósito, ela também tem um blog, de bijuterias, e é esse aqui. Ela tem cuidado de mim nesses últimos 7 anos, e especialmente nesta última semana. CLARO que a minha família sensacional tem ajudado, mas o dia-a-dia é com ela mesmo.

Eu sou um cara muito feliz, não tenho problemas sérios de auto-estima, tanto que eu toco baixo em uma banda e canto e toco guitarra em outra, e me vejo rodeado de poucos mas excelentes amigos, então eu não diria que a sociedade me exclui. Porque então eu decidi fazer a cirurgia de redução de estômago? Basicamente por dois motivos:

1 - Saúde. Eu pretendo viver muito ainda, e gostaria de viver bem. Se eu continuar gordo, todos os problemas que eu ainda não tenho, como colesterol, pressão alta, diabetes, o escambau, vão aparecer, e eu não quero eles por aqui. Já me basta a asma, e se Deus quiser vai embora.

2 - Este é auto explicativo. Olha uma foto de eu entrando no mar:




Algumas pessoas têm uma pochete na barriga, mas eu mesmo tenho quase que um baú. Isso tinha que acabar.

Beleza, decisão tomada, eu fui pro hospital. A saga do hospital eu já contei por aqui, mas o que quase ninguém viu ainda são as fotos, entonces olha só isso:





Esse sou eu, já no quarto do hospital, pronto para ir pra sala de cirurgia. Que aflição do inferno!





No quarto, depois da cirurgia, com o Fred, a Fá e a Ana Cláudia, meus queridos amigos. Na verdade muito mais gente foi lá me visitar, mas eu só tenho fotos com essas encrencas aí. A Paula tá tirando a foto e quase não arredou o pé do quarto.





Judite e Toffe, meus dois malteses, que estão dormindo na casa da minha mãe porque eu estou com o corte ainda cicatrizando e eles podem contaminar alguma coisa, tipo eu, por exemplo. Mas eles vêm passar o dia no quintal comigo.

Bom, por enqüanto é só, mas eu devo voltar a postar em breve. E espero que vcs tenham gostado da nova cara do blog. Deu trabalho fazer essa testeira, viu?

Abraços e até mais.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Primeiras impressões

Ois!

Hoje é o meu terceiro dia que eu estou em casa. Nada de muito terrível aconteceu, psicologicamente falando, embora a vontade de comer algo sólido esteja começando a dar as caras. Mas eu num sô tatu de ouvir essa vozinha na minha cabeça que me diz que só uma bolachinha água-e-sal não faz mal. Vou ficar firme e forte, se Deus quiser.

A Paula tá sendo uma enfermeira bem legal, nada a reclamar, os caldos e as opções que ela me faz são bem saborosos e eu não tenho fome nenhuma. O negócio é ver a maldita propaganda da Hellmann's com cebola frita no shoyu. Damnit!

O corte praticamente nem dói mais, eu tô levantando da cama sem ajuda e sem dor, o respiron já não é páreo par o meu fôlego e andar jé é natural. Beleza, acho que isso significa que eu estou me recuperando bem. O calor que tem feito esses dias me faz amadiçoar essa meia de média compressão que eu tenho que usar, mas por pior que seja, vamos à comparação:

Usar a meia: Mais uns 10 dias de calor controlável.
Não usar a meia: Risco de trombose, coágulos, seqüelas e quiçá morte.

Eu penso que vocês entendem que eu prefiro a meia à alternativa...

Ah! eu estou aproveitando o tempo ocioso para fazer diversas coisas úteis. Por exemplo, hoje eu tirei dúvidas operacionais sobre operar na bolsa com o Cezar, que gentilmente mudou sua locanda trabalhística para minha humilde residência por esses tempos. Outra coisa que eu fiz foi um teste comparativo entre as lentes G-15 e B-15 polarizada dos óculos Ray-Ban que eu comprei. a parte chata é que o teste foi inconclusivo. As lentes são de igual qualidade. Aí eu me pergunto, como diabos eu vivi até hoje sem saber disso? E você, também não se sente grato por eu ter te informado isso?

Sim, eu preciso sarar logo e/ou arrumar um passatempo mais produtivo.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Voltei, e estou bem.

Bom, ates de ler ou comentar qualquer coisa que alguém tenha escrito por aqui, vou escrever, mas não se sintam injustiçados que a próxima coisa que eu vou fazer é ler e agradecer os apoios comentacionais múltiplos que eu devo ter recebido.

Primeira coisa importante de dizer aqui é: Eu estou ótimo. Não estou sofrendo quase nada, a dor está super pouca, não sei o que é fome e agora eu já estou em casa. Hurray!

Voltando um pouquinho no tempo, para o dia 19, fatídico dia em que troquei meu estômago superdimensionado por um copinho de café, acordei em jejum, fui pro hospital às 7, pronto para ser internado às 10 da manhã. Acabou rolando um atraso grande, e eu fui pra sala de cirurgia às 13:30, mais ou menos. Deixa eu falar uma coisa pra vocês, eu não estava pronto pra este atraso. Coisas terríveis começam a passar pela cabeça da gente. A fome bate forte e colocado. Eu sou bem impaciente, então a irritação já tava começando a pegar também.

Bom, chegou a hora, bora vestir aquela porcaria de avental de hospital. Acho que o único propósito daquela porcaria é fazer quem tem pouca força de vontade desisitir, porque não é fácil ir pra anestesia mostrando a bunda pros seus familiares. Alguém precisa dar um basta nisso. Beleza, tenho uma foto deste momento lindo, depois eu posto pra vcs.

Chegou a anestesista. Putz, aquela avalanche de dúvidas que estava povoando a minha cabeça deu três piruetas e um mortal pra trás, e eu falei pra ela esperar um pouquinho. Ela, muito solícita e educada, parou, com a agulha encostada na minha pele, mas me disse que a decisão era minha e que se eu quisesse a gente parava ali mesmo. Confesso que fiquei tentado, mas eu pensei "não vou deixar duas horas de pânico acabarem com 6 meses de preparação", e falei "Manda brasa". Não vi mais nada.

Acordei, se é que isso é acordar, no quarto, cheio de gente. Quem estava lá, conta aí nos comentários, que as lembranças deste primeiro contato com o mundo me são absolutamente nebulosos. Eu só sei que eu tava fazendo uma força imensa pra não fechar o olho de novo, sob o peso dos sedativos. Tentei sorrir, mas não acho que eu tenha tido sucesso. Lembro de ter ganhado um beijo da Paula e de ter pedido pra ela não apoiar no meu peito, antes de apagar.

Fiquei o resto do dia grogue, com a meia pneumática funcionando, apertando minhas pernas do joelho pra baixo e fazendo a minha cama vibrar e fazer um barulhão a cada 30 segundos. não é legal, podem acreditar, mas é melhor do que ter uma trombose, eu penso. Ah, e maldita cama de hospital... Ô coisinha desconfortável dos infernos! Minhas costas doiam mais do que o corte. Praticamente passei a noite em claro, mudando a TV de canal aleatoriamente e morrendo de tédio. Consegui dormir por volta das 6 da manhã, pronto para uma longa e repousante noite de sono. Mas quem foi que falou que paciente tem que dormir???

Às 7 da matina, em ponto, entra pelo quarto uma figura bélica, chutando a porta e acendendo a luz, dizendo numa voz extremamente forte "Bom dia, sou ________, sua fisioterapeuta". O espaço em branco significa que eu não tinha dormido o suficiente para assimilar o nome dela. Fiz os exercícios que ela mandou, na hora e durante o dia inteiro, até porque ela tocou o terror dizendo que se eu não os fizesse eu ia ter uma pneumonia e o homem do saco ia vir me buscar. Toca fazer, né? De hora em hora, religiosamente.

O pessoal da enfermagem era super simpático, apesar de alguns envolvidos não estarem exatamente bem informados sobre o que estava acontecendo. Eu entendo, afinal eu tb já fui estagiário. Mas, pô, era a minha saúde ali, né? O Dr. Gustavo, meu cirurgião foi me visitar também, falou que estava tudo nos conformes e que a cirurgia tinha sido um sucesso. Com um pouquinho de ajuda, levantei e fui andar. Ordens do dotô, pára de me olhar torto.

Doeu, lógico, mas foi tranqüilo. Muitas visitas, muitos passeios pelos corredores do hospital e o dia se foi mais rápido. A noite de anteontem pra ontem foi mais ou menos na mesma toada da anterior, mas eu me consolava sabendo que era a última naquela cama horrível.

Acordei de novo com a minha fisioterapeuta ligando a luz na minha cara às 7 da matina, perguntando se eu tinha feito tudo certinho, e se eu tivesse em condições, teria me ajoelhado e pedido misericórdia. Ela falou também que eu precisava andar muito para que os gases intestinais pudessem sair sem problemas.

Logo depois, o Dr. Fernando, da equipe do Dr. Gustavo, me visitou e me liberou para deixar o hospital depois do almoço. Mais visitas, mais remédios e antes que eu pudesse falar "pindamonhangaba é a capital do tapibaquígrafo", era hora de ir pra casa.

Fiz uma viagem bem tranqüila e cheguei bem em casa. As desventuras daqui eu conto depois que este post está precisando perder uns quilinhos...

Agradecimentos mega ultra especialíssimos à Ana Cláudia, ao Rique, ao Cezar, ao Fred, à Fabiana, ao Hugo, à Regina, à Selma e à minha mãe que foram até o hospital me dar um oi, e um agradecimento ainda maior à Ana Paula, minha lindinha, que não só passou por tudo isso comigo como está fazendo o seu melhor para que eu me sinta bem e me recupere da melhor forma possível. Brigadão, moça bonita!

Até mais!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

É hoje/amanhã!!!!

Tô na casa do Rique e da Ana Cláudia, são duas da matina e eu tô com muita sede. Amanhã (hoje, né?) é o dia da cirurgia e eu estou bem tranqüilo, nem parece que daqui a pouquinho eu vou entrar na faca.

A dieta líquida de hoje foi bem fácil, qualquer zé ruela teria conseguido. Até eu consegui, e sem sofrer. Só tá punk a sede, já que desde as 22h eu tô sem tomar nem água...

Em uns 3 ou 4 dias eu volto a escrever, com uma cicatriz inteira e só meio estômago. Bom, na verdade, bem menos de meio. E uns quilos a menos, hopefully!

E sim, eu amo vcs todos que têm me dado atenção e os melhores votos de uma boa recuperação. Eu tô confiante e boa parte disso se deve a vocês que estão orando pela minha pessoa.
Té mais!

sábado, 17 de outubro de 2009

Humpf... sem inspiração....

Últimos dias antes da cirurgia, muitas coisas que eu poderia (deveria, pô! Cadê a responsabilidade jornalística?) estar escrevendo, mas a inspiração tá faltando. Estou levemente desgastado emocionalmente, mas a família tá dando suporte. Ontem eu fui na psicóloga pela última vez antes da cirurgia e me pareceu que tá tudo bem.

Tô ansioso, mas quem não estaria? Let's face it, é uma pusta cirurgia grande. Eu nem tô surtando muito, e se isso não prova que eu sou macho pacaray, você vai precisar confiar na palavra da Paula.

A vida segue bela...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Vagos devaneios que pululam no subconsciente da mente humana...

Hoje eu estou encanado. Nem sei com que, mas estou. Acordei com a sensação de alguma coisa incomodando. Não falei pra ninguém, mas acordei com um peso na mente (o da barriga não estava incomodando muito) e uma dúvida na cabeça: o que diabos está me incomodando?

Cheguei no escritório e minha chefe, que também é minha mãe, perguntou porque eu tava com essa cara. Disse que não fazia a menor idéia. Ela respondeu, com a sabedoria de quem conhece a gente melhor do que conhece a si própria (coisas de mãe) que é pela proximidade da cirurgia, que a cabeça da gente começa a girar e, antes que a gente veja, já tá zonzo.

Acho que faz sentido. Mas eu ainda não racionalizei nada, não tô com frio na espinha de pensar na cirurgia, estou consciente das dificuldades que vou ter depois, elas me assustam, mas a perspectiva delas não me incomoda. Bizarro, né?

Pelo menos hoje a banda vai tocar e vai ser a minha despedida gorda do palco. Acho que tô precisando liberar energia, mesmo. Sei lá, tirar essa carga invisível da minha cabeça confusa. Acabei de lembrar do texto de abertura da peça "Somos todos do Jardim da infância"... Pro Cezar, Fred, Fá, Rique e quem mais acompanhou esta jornada, que os ETs não desembarquem e que o Brasil vire uma república (piada interna detected).

Deixa eu trabalhar que hoje só amanhã.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Minha pequena paranóia.

Putz! Eu tava tranquilo pra caramba. Bom, na verdade, eu estou tranquilo pra caramba, mas ontem à noite, antes de dormir, a paranóia bateu à porta pela primeira vez. Nada que preocupe, mas eu fui dormir pensando nas dificuldades de adaptação que eu vou ter.

Penso que, depois da cirurgia, eu vou achar difícil controlar algumas compulsões, tipo passar perto de um chocolate aberto na mesa e não comer nada (especificamente nos 30 e poucos dias depois da cirurgia), bater uma fominha antes de dormir e ter que me controlar, saber que é mais compulsão do que fome. Mas, apesar de saber que eu vou sofrer um pouco, racionalizando tudo, ainda vale a pena com bastante folga.

Just for the records, ficar 2 meses sem uma gota de bebida alcoólica (já estou há um mês) me parece bem fácil, mas que me deu vontade nesse um mês já, isso deu. Especialmente que as noites andam meio frias e um Whisky cairia muito bem. Mas sofrimento zero (ou quase zero).

Só me responde uma coisa: Que mundo injusto é esse que põe um gordo (eu ainda o sou) pra trabalhar entre a Cacau Show e a Padaria Ypê? Damnit!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A decisão, os motivos e a preparação.


[modo depoimento do AA=on]

Oi. Meu nome é Oscar e eu sou gordo há pelo menos 20 anos. Eu tenho 31, então eu nem lembro como era ser magro.


[modo depoimento do AA=off]


Tá, é basicamente isso mesmo. Hoje eu tenho uma saúde razoável, apesar dos meus 136kg. Eu tenho asma e artrose no tornozelo direito, mas minha pressão, meu colesterol e todo o resto tá em dia. E eu sou bem ágil para um cara do meu tamanho, viu? E prometo que eu não vou ser muito técnico por aqui, mas pra começar, eu preciso dar alguns dados pra vcs.

Por que diabos eu decidi mudar meu estômago pro tamanho do estômago dos meus cachorros malteses?

Resposta simples: Eu quero viver bem. E viver por bastante tempo ainda. Sim, a busca pela auto-estima é importante, mas a saúde e a qualidade de vida foram os decisórios.

Isto posto, minha mulé (beijo, Paula!), minha família, meus amigos e meus cachorros estão me dando a maior força.

Durante a preparação, eu aprendi o valor de mastigar devagar e de comer várias vezes por dia. Numa dessas, eu perdi 5kg, e consegui reeducar uma parte importante do meu cérebro. Nada que se compare ao que eu vou precisar fazer, mas é um começo.

Tô indo à psicóloga e à nutricionista, e recomendo a todo mundo que vá à psicóloga e à nutricionista, mesmo que não vá fazer a cirurgia. Acredite, seu cérebro e a sua alimentação podem ser melhores. Sempre.

A vida é bela, e agora, a apenas uma semana da cirurgia, o desespero tá batendo, mas nada que não seja contornável. Espero não surtar essa semana. Meus maiores medos são a mesa de cirurgia (óbvio), a reeducação alimentar e o mardito dumping. Depois eu falo mais sobre o que diabos é isso.

Bom, parei que eu tô enferrujado em escrever. Mas pelo menos no mês de recuperação eu vou escrever bastante, nem se for pra espantar o tédio.

Té mais.